A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério da Educação (MEC) divulgam hoje a lista de dez instituições de pesquisa que se tornam unidades credenciadas da Embrapii. Juntas, as unidades desenvolverão projetos de inovação com investimento total de R$ 1,4 bilhão. Desse total, R$ 449,6 milhões serão aportados pela Embrapii. O restante será investido igualmente por indústrias e centros de pesquisa.

Para essa fase do programa de inovação foram credenciados o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); Fundação CPqD; Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi); Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM); Laboratório de Metalurgia Física da Escolha de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS); Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros (ISI); Centro de Energia Elétrica e Informática da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); e Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec).

Na primeira fase de atuação da Embrapii, iniciada em 2012, foram credenciados o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Senai Cimatec), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT). Essas instituições desenvolveram projetos com aporte total de R$ 188 milhões. Para a atual etapa, as três instituições têm planos de aportar R$ 384,1 milhões, sendo R$ 127,6 milhões provenientes da Embrapii.

Ao todo, a Embrapii vai aplicar R$ 577,2 milhões em recursos para projetos que somam R$ 1,78 bilhão. João Fernando de Oliveira, presidente da Embrapii, disse que os projetos serão desenvolvidos com companhias privadas e a expectativa é que os recursos comecem a ser desembolsados em dois meses. “Até o fim do ano, serão selecionadas mais cinco instituições de pesquisa e cinco polos de inovação, chegando a 23 unidades credenciadas”, afirmou Oliveira. Para essa fase de credenciamento, a Embrapii avaliou projetos de 87 instituições de pesquisa. Para a próxima seleção, disse, será feito um novo edital de inscrição.

Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai e diretor de educação e tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), observou que a estatal optou por credenciar centros de pesquisa em vez de construir unidades e contratar pessoas para concentrar o uso do orçamento em pesquisa e inovação.

Álvaro Toubes Prata, secretário de desenvolvimento tecnológico e inovação do MCTI, disse que, como vantagem em relação a outros programas de inovação, a Embrapii consegue liberar recursos mais rapidamente para desenvolver os projetos. “Os institutos têm conseguido avaliar e liberar recursos em dois meses, enquanto outros programas de subvenção demoram até um ano”, comparou.

A velocidade na liberação de recursos é apontada por representantes de empresas como um fator de estímulo à realização de parcerias com a Embrapii e centros de pesquisa. A Votorantim Metais, por exemplo, realizou dois projetos com a Embrapii e o Senai Cimatec e tem planos para realizar mais oito inovações juntamente com as entidades, disse Alexandre Gomes, diretor de tecnologia da Votorantim Metais. A companhia fez a primeira parceria em maio de 2013, com investimento conjunto de R$ 2,5 milhões. O primeiro projeto resultou no desenvolvimento de um novo sistema de queima de combustíveis renováveis para as plantas de produção de níquel.

Gomes disse que a nova tecnologia foi testada na fábrica de Niquelândia (GO) e a companhia agora estuda adotar a inovação nas demais unidades. A Votorantim Metais estima que a tecnologia trará uma economia anual de R$ 10 milhões, ou uma redução de 4% do consumo de óleo industrial. “A parceria gera conhecimento muito rapidamente e reduz os riscos para a indústria, por ser um investimento conjunto”, afirmou.

Para André Ferrarese, diretor de inovação da Mahle Metal Leve, a parceria da empresa com Embrapii e institutos de pesquisa tem gerado resultados bastante positivos. Um dos projetos da companhia consistiu no desenvolvimento de uma bronzina (peça do motor de carros) mais resistente à corrosão e que reduz as emissões de gases de efeito estufa. A expectativa da empresa é colocar as novas peças no mercado no começo de 2015.

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