Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (10/10), membros das comunidades científica, pesquisadores e gestores públicos debateram os efeitos negativos que os cortes orçamentários na Ciência e Tecnologia podem acarretar ao desenvolvimento econômico e social do Brasil.

O deputado federal Celso Pansera (PMDB/RJ) destacou que a CT&I deveria ser um setor estratégico do País e enfatizou a necessidade de desburocratizar o complexo sistema que envolve governo e a indústria na área. “Caso queiramos que o país deixe de ser o eterno país do futuro, faz-se necessário ampliar os investimentos públicos e privados em Ciência, Tecnologia e Inovação”, enfatizou.

O modelo de financiamento não reembolsável da EMBRAPII para projetos de inovação industrial foi elogiado pela diretora de inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Geanna Sagazzio. “A Embrapii tem um papel importante ao intermediar o contato entre indústria e academia. Para cada R$ 1,00 pelo governo federal em projetos da organização se multiplica por três”, defendendo sua manutenção.

Para Helena Nader, representante Academia Brasileira de Ciências, o Brasil está parado no Século 18. “A situação é grave, o Brasil está na contramão de qualquer país. Se a olharmos para África do Sul, que acabou de sair de um Apartheid, ela está anos luz na nossa frente na educação, na inovação e na ciência. Porque eles entenderam que educação e ciência não são despesas, eles são investimentos”, afirmou

Já Fernando Peregrino, presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) acredita que a ideia de que ciência traz retornos certos para a economia precisa ser mais bem explicada para os brasileiros. “A política macroeconômica não condiz com apolítica de inovação. O capitalismo quer lucro e respostas imediatas. A inovação tem risco e requer investimento de médio e longo prazo”, frisou.

Também participaram do debate Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Júlio César Felix, presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti); João Carlos Gomes, vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) e outros parlamentares.

Contexto – A ciência, tecnologia e inovação foi afetada pela Lei Orçamentária Anual de 2017, que cortou 44% do orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC

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